A SINTALIDADE CONJUGAL
“Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor
paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas
ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante” Eclesiastes
4:9-10
Um grupo social é a reunião de pessoas que não querem ficar sozinhas no
palco da vida, e por isso interagem com outros da mesma espécie e desenvolvem
com eles um senso de pertencimento de maneira a se fortalecerem mutuamente e
assim, aumentando assim sua segurança e potencialidades.
Os grupos podem ser formais ou informais. Os informais são os grupos que
surgem voluntariamente dentro do grupo formal. Aqueles onde as pessoas se
escolhem, preferem a companhia um do outro, elas se aproximam por causa das
afinidades, gostam de estarem juntas. Elas não são obrigadas, não há dever de
estarem ali. Esse grupo é duradouro e o seu ultimo estágio é a sintalidade, que
defino por “personalidade do grupo”, a forma positiva como interagem no seu
mundo privado, que por sua intensidade se faz perceber também em suas vidas
pública. Sintalidade é a identidade de um grupo. Vou dar um exemplo, todos já
ouvimos falar que em tal lugar existe uma “panelinha”, pois então, essa
“panelinha” não tem sua formação imposta, são pessoas que se identificam e
querem ficar juntas, e elas têm sintalidade. O grupo formal pode se dissolver,
mas a “panelinha” permanece e vai além de muros e fronteiras.
Um casal pode estar junto fisicamente, mas a quilômetros de distancia um
do outro. Podem se falar, mas pensam diferente naquelas questões
importantes, eles podem se entreolharem, mas não há brilho nesse olhar. Seus
objetivos são conflitantes, e não há tanto prazer quanto possível em estarem
juntos. Embora tenham se escolhido para juntos permanecerem, acabam
permanecendo por um dever. Seria como se deixassem de ser um grupo informal e
voltasse à condição de grupo formal, aquele que existe por força da obrigação.
Eles se aturam, se toleram com paciência e resignação, mas não estão cheios de
encantos por estarem ali.
Por outro lado, quando há sintalidade eles agem como “equipe”, onde
sintonia é tão grande que se falam sem abrir a boca, basta um olhar e a
mensagem já foi transmitida, a comunicação é mais do que verbal, eles se leem a
si mesmos. Fica muito próximo do texto bíblico que fala da relação de Deus com
seus filhos onde diz: “antes que eles abram a boca eu os ouvirei.” Eles se
apercebem da necessidade do outro com rapidez, porque estão conectadas, muitas
palavras são desnecessárias.
A sintalidade torna-se é a alma da relação, é a sua marca, o prazer de
se pertencerem. e a impressão que deixam por onde passam.
Um observador disse a respeito de um casal que vivia a sintalidade
conjugal: “A forma como um dirige a palavra ao outro, como se olham em
concordância e riem juntos, eles não se alfinetam, há brilho no olhar, e parece
que um lê o pensamento do outro.”
É isso, bom demais, né?
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